quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Biblioteca: Bartleby e companhia (Enrique Vila-Matas).

Se há alguma razão para a vida, que ele não tenha como objetivo a eternidade. Imagino se a nós fosse dada a oportunidade de viver, e através de um ato denegatório, não aceitássemos tal incumbência por pura preferência: “não”; então, seríamos uma folha em branco – invisível aos outros. Por outro lado, o “sim” é aceitar a tarefa de copiar - apenas copiamos sob a razão ou fé – nossas experiências; nossa percepção acerca da vida; entraríamos, então, na tarefa diária de transcrever, de forma ilegível, o original que a nós foi confiado. Há a possibilidade de dizer “sim” para depois proferir um “não” pelo simples prazer de não deixar prevalecer a sua vontade; muito menos a minha.


Bartleby e companhia (Enrique Vila-Matas).

Nenhum comentário:

Postar um comentário